sexta-feira, 8 de abril de 2011



Miscelânea Popular

Canto. Canto e meus males espanto. Espanto o mau olhado carregando o patuá, pois não aguento com a mandinga. Ensino, pois não sei, se soubesse faria. Sempre que a batatinha nasce, espalha a rama pelo chão. E a água mole, em pedra dura, bate, bate, bate, até que fura. O gongo sempre me salva. A casa da mãe Joana é lá onde Judas perdeu as botas. Vi um passarinho verde, tão verde, que o segurei, afinal, mais vale um pássaro na mão do que dois voando. De pequenina, tive o pepino torcido. Com pressa, comi cru. Um dia desses, chorei pitangas e todos fizeram ouvidos de mercador. Mas tenho boca e vaiei Roma. Sorri e a fortuna bateu em minha porta. Mas é como minha mãe sempre diz: nem tudo o que reluz é ouro!