quinta-feira, 7 de julho de 2011

Uma das coisas que mais me entristecem na vida é a descrença. Eu creio. Creio na vida e em seu valor. Creio no amor, em todo o seu poder transformador. Acredito nas crianças (e nos bêbados). Acredito no meu namorado, mesmo ele não sendo criança nem bêbado. Acredito na importância da família, creio que a felicidade está dentro de nós e boto fé também em muitos outros clichês. Creio no futuro e o vejo bem melhor do que o caos em que estamos vivendo. Creio que assim como existe o bem, existe o mal. Acredito também que antes de toda atitude, temos a possibilidade de dizer sim ou não; acredito que temos escolha. Acredito na amizade. Eu creio em Deus.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Quando um certo alguém
Desperta o sentimento
É melhor não resistir
E se entregar

Me dê a mão
Vem ser a minha estrela.

Complicação
Tão fácil de entender
Vamos dançar,
Luzir a madrugada
Inspiração
Pra tudo que eu viver :)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Abre os teus armários, eu estou a te esperar, para ver deitar o sol sobre os teus braços, castos. 
Cobre a culpa vã, até amanhã eu vou ficar e fazer do teu SORRISO um abrigo...

Canta que é no canto que eu vou chegar.
Canta o teu encanto, que é pra me encantar.
Canta para mim qualquer coisa assim sobre você,
Que explique a minha paz, tristeza nunca mais...

sexta-feira, 8 de abril de 2011



Miscelânea Popular

Canto. Canto e meus males espanto. Espanto o mau olhado carregando o patuá, pois não aguento com a mandinga. Ensino, pois não sei, se soubesse faria. Sempre que a batatinha nasce, espalha a rama pelo chão. E a água mole, em pedra dura, bate, bate, bate, até que fura. O gongo sempre me salva. A casa da mãe Joana é lá onde Judas perdeu as botas. Vi um passarinho verde, tão verde, que o segurei, afinal, mais vale um pássaro na mão do que dois voando. De pequenina, tive o pepino torcido. Com pressa, comi cru. Um dia desses, chorei pitangas e todos fizeram ouvidos de mercador. Mas tenho boca e vaiei Roma. Sorri e a fortuna bateu em minha porta. Mas é como minha mãe sempre diz: nem tudo o que reluz é ouro!

segunda-feira, 21 de março de 2011


Todo mundo quer ser jovem, vocâs já repararam? As propagandas de planos de saúde, as de cosméticos, entre muitas outras, os reality shows, as novelas inculcam em nossas cabeças que a juventude é a melhor idade e, por isso, devemos prolongá-la ao máximo. Será isso verdade? Difícil para mim responder, já que vivo há apenas vinte e dois anos, ou seja, só tenho a infância para comparar. Vejo minha mãe com seus cremes anti-rugas, meu pai com a vista um pouco cansada, será que eles também vivem tentando ser jovens? Sinceramente, posso estar equivocada, mas não vejo sentido nisso. Meus pais têm cinquenta anos, já passaram pela infância e pela idade da descoberta, já se casaram, tiveram filho, sofreram perdas irreparáveis. Meus pais possuem toda uma história de vida. Mesmo que a juventude seja uma fase maravilhosa da vida, cujos hormônios são nossos melhores amigos, o tempo às vezes até sobra, nosso corpo colabora com a gente, por que eles abririam mão dessa história em busca de uma juventude que não volta? Vivamos cada coisa ao seu tempo. Como está no livro de Eclesiastes 3:1, "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. / Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;/ Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;/ Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;/ Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;/ Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;/ Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;;/ Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz". Que sejamos capazes de guardar essas palavras e meditar nelas, assim, quem sabe, consigamos valorizar e aproveitar cada fase da nossa vida, afinal, fase pressupõe trânsito, ou seja, algo que está em movimento, que "passa"; assim também é a vida.

quarta-feira, 16 de março de 2011


Pra Rua Me Levar
(Ana Carolina)

Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho onde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus, e que não abro mão
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora


Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
Eu vou lembrar você

É mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar

segunda-feira, 14 de março de 2011


Todo dia é um novo dia. Você já parou para pensar nisso? Às vezes estamos tão acostumados com a rotina, com o sol nascendo e se pondo e nossas ações intermediadas por isso que não nos lembramos que todos os dias são singulares. Assim também somos nós. Se você pensa que os problemas que te cercam são constantes, pense, amanhã é um outro dia, quem sabe os problemas não ficam para trás? A mesma filosofia serve para aquilo que trazemos de bom, o amor que sentimos por nossa família, amigos, ou alguém especial. Renovamos esse amor diariamente, acrescentando alguns novos acontecimentos e, consequentemente, aumentando a dimensão desse amor. Não quero cair nos clichês do tipo "nada como um dia após o outro", a questão que me faz refletir hoje é como Deus é perfeito, tão perfeito que criou o nosso corpo para se movimentar e, em algum momento, cansar e aí somos fisicamente obrigados a praticar o que chamo de uma das sete maravilhas do mundo, dormir. E todo mundo dorme, meu pai dorme, minha professora de inglês, o gato do Cauã Reymond, Hitler dormia (será?). E, ao acordar, temos um novo dia, um novo calor do sol, uma nova mente, limpinha, um novo corpo, descansado, enfim, somos outros também, como o dia. Diante de tanta renovação, não deveria haver espaço para cacarecos, angústias, rancores, medos que nos impedem de avançar,  parafernalhas mentais, tudo velho, passado, como o dia de ontem. Não sejamos tão retrógrados, façamos como Raul Seixas, que prefere ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo. Renovemo-nos!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011


Quase Sem Querer
(Legião Urbana)


Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso,
Só que agora é diferente:
Estou tão tranqüilo e tão contente.

Quantas chances desperdicei,
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém?!

Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira,
Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber tudo.

Já não me preocupo se eu não sei por quê.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.

Tão correto e tão bonito;
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos!
Sei que, às vezes, uso
Palavras repetidas,
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?

Me disseram que você
Estava chorando
E foi então que eu percebi
Como lhe quero tanto.

Já não me preocupo se eu não sei por quê.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu quero o mesmo que você.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011



Abri os olhos e já estava claro. Era o fim do horário de verão. Os lençóis não me deixavam levantar, pesavam quase sobre meu corpo preguiçoso. "Eu tenho hora", pensei. Então levantei. Dentes, banho, café, passei pela trilogia cotidiana e, enfim, acordei. Pensei em Deus, pedi a Ele um bom dia, não só para mim, mas para aqueles que amo. E aí, então, o diálogo começou. De mim comigo mesma, de mim com meu passado, presente e futuro. Lembrei de quando cada dia começava em uma hora, na hora em que bem entendesse. Pensei em o quanto eu atribuía tédio a isso, aos dias vazios, sem "o que fazer". Logo me veio a cabeça a menina que eu era, "sabichona", "safa", achava que o futuro era certo, realizado e feliz. Os problemas eram algo criado pelos fracos, eu vivia mesmo era de soluções, ou então pegava o edredom, ligava o ar condicionado naquela temperatura ideal e ia dormir, dormir para esquecer. E esquecia. Essa menina ainda sou eu? Ontem uma branquinha de cabelos pretos passou correndo na rua, pegou o ônibus e partiu, o ônibus estava cheio, as estradas, engarrafadas, no trabalho, pessoas "passando a perna" umas nas outras. Em sua hora de almoço, pensou nas contas a pagar, no celular cuja conta abusiva está acima do seu planejamento, no aluguel que vence amanhã, no cartão de crédito e por aí vai. Sua expressão sisuda foi interrompida por uma ligação. Era sua melhor amiga. "Ai, como é bom ter amigas!". Por um instante esqueceu sua insatisfação com a raça humana e sorriu sinceramente. Sorriu também com o namorado, com o jeito carinhoso com que ele fala e agradeceu a Deus por ter amigos e alguém especial. Ao fim de mais um dia, chega em casa uma pessoa pela metade, a outra parte se perdeu na correria e no cansaço do dia. Fim do diálogo comigo mesma, saí correndo na rua, peguei o ônibus e parti.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011



Dom. Segundo o dicionário, dom significa dádiva, talento, dote natural. Dom é inexplicável, não é mesmo? Essa é a palavra adequada. Sinceramente, diante de certos talentos que temos a sorte de nos deparar não deveria existir palavra nenhuma. Um exemplo claro desse talento inato é uma menina de dezessete anos, nascida nas Filipinas, e dona de uma voz espetacular. Chama-se Charice Pempengco. Seu tamanho e aspecto infantil assumem uma nova roupagem no instante em que ela começa a en-cantar. E ela cresce e cresce de tal maneira que não há o que dizer, nem como dizer. O que nos cabe é admirar em silêncio e, como tudo aquilo que é bom, deixar com que aquelas notas que saem certamente do fundo do seu coração façam bem também ao nosso coração. Não sei se posso dizer que muitos têm dons como esse, porque Charice, para mim, é única. Só ela canta com aquela voz e daquela maneira. O fato é que existem muitos outros talentos diferentes dela, outras vozes, já que estou me referindo a essa forma de expressão, mas com a mesma capacidade de encantar, de trazer alegria, melancolia, emoção. Muitos destes nunca vão chegar a serem re-conhecidos, são talentos desperdiçados. Falta de sorte, talvez, deles e principalmente nossa. Importante é que eles existem e eu, mera mortal, que no máximo cantarolo algumas vezes ao dia, digo que a vida teria muito menos graça se não tivéssemos representantes como esses, famosos ou não, para cantarem nossas alegrias e tristezas. O nome disso é dom. E ponto.

http://www.charicemusic.com/
(Esse é o link do site oficial da Charice, nele constam sua biografia, além de alguns vídeos)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011



Como é complexo o ser humano! Quem sabe o que se passa no íntimo de cada um, ou, em uma esfera menor, será que sabemos o que se passa no nosso próprio íntimo? São muitas as interrogações. Ao assistir Cisne Negro, produção de Darren Aronofsky, estadunidense formado em Cinema por Harvard, nos deparamos com um exemplo perfeito dessa já citada complexidade humana. Nina, brilhantemente interpretada por Nathalie Portman, é uma bailarina dedicada, está sempre em busca dos movimentos perfeitos. Sua mãe, ex-bailarina, cria a filha para o balé, não para a vida. O elemento desestabilizador é o diretor de arte Thomas Leroy, um Vincent Cassel em sua melhor forma; ele tem o poder de escolher uma única bailarina para o almejado posto de "Princesa dos Cisnes". Nina, claro, seria a favorita, se o papel exigisse apenas a delicadeza e perfeição do Cisne branco, mas Leroy quer mais, quer de Nina uma versão dois em uma, um Cisne Branco e um Cisne Negro, dualidade de cores que revelam a pureza e a maldade contidas na obra ali representada. Leroy é exigente, quer ver o outro lado de Nina, o lado que, talvez, nem ela mesma conheça. O desejo latente de conseguir o papel faz surgir uma busca irrefreável por encontrar essa outra Nina e todos mergulhamos em um interior cheio de obssessões, limitações e incoerências. Nina é a bailarina que sua mãe não foi, é a bailarina que Beth MacIntyre, no papel, Winona Ryder, já foi, é uma bailarina cujo posto é desejado por todas as outras, em especial Lilly, Mila Kunis. Quem, de fato, é Nina? Se não fosse bailarina, quem Nina seria? É essa a pergunta feita por Leroy. O caminho para essa resposta é carregado de jogos de imagem que revolucionam o que temos como conceito de real e imaginário. No fundo, se aconteceu ou não, pouco importa. Para Nina, foi tudo real. Confuso, difícil, tortuoso, mas real porque ela viveu aquilo tudo. E nós, coléricos expectadores, vivemos tudo isso também, mesmo que por aquele curto espaço de tempo que durou o filme. Por isso, saímos de lá com um nó na garganta, ou uma pedrinha no sapato, é indiferente. O fato é que toda obra de arte deve ter a capacidade de intrigar, de incomodar, pois esse incômodo nos faz refletir e nos transforma de alguma maneira. Assim, olhamos o universo ao nosso redor de outra maneira. Se a pergunta "Quem é você?" fosse direcionada a mim, eu saberia responder? O interessante é sairmos de lá com perguntas, não respostas. As respostas satisfazem, as perguntas nos movem. Pouco me importa se "Cisne Negro" representou ou não com fidedignidade o universo das bailarinas, se a exigência de um biotipo ideal e a concorrência em excesso apresentadas pelo filme são ou não problemas frequentes na profissão, se Portman foi ou não, tecnicamente falando, uma bailarina perfeita. O importante é que Cisne Negro alterou a minha concepção de mundo, girou o caleidoscópio, portanto, toda a sua produção é digna de reconhecimento da minha parte e, em especial, do meio cinematográfico.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O céu está nublado. Nuvens escuras anunciam que vem chuva por aí. Águas limpas, abundantes e bem vindas, afinal, há muito por aqui que previsa ser lavado. A começar pelo meu coração. Ser humano não é fácil, você pode ter a vida toda arrumadinha, uma casa confortável, família feliz, relacionamento saudável e ainda assim estar com o coração obscuro. Ninguém compreende o coração do homem, só Deus mesmo. E o meu, nesse momento, está assim, incompreensível inclusive por mim. Sinto uma insatisfação e um desejo de reclamar de tudo quase crônicos. Como isso, se tenho todos os motivos do mundo para somente agradecer? Hoje entendo melhor os que sofrem por coisas pequenas, nunca os compreendi, muitas vezes pensei "você está sofrendo por isso?!", mas esse "isso" pode ser muita coisa para alguém... Uma criança sorriu pra mim, que alegria! Ela não vê problema em sorrir para uma estranha. Quais serão os motivos que a levaram a sorrir daquele jeito? Talvez sejam os mesmos que me levam a ficar séria. MIstérios da alma, segredos do coração. Sinto um pingo no nariz. É ela! "Faz chover, Senhor Jesus, derrama chuva neste lugar!".

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

'Tudo de bom que você me fizer, faz minha rima ficar mais rara... O que você faz me ajuda a cantar, põe um sorriso na minha cara. Meu amor, você me dá sorte. Meu amor, você me dá sorte. Meu amor, você me dá sorte na vida! Quando te vejo não saio do tom, mas meu desejo já se repara. Me dá um beijo com tudo de bom, e acende a noite na Guanabara. Meu amor, você me dá sorte. Meu amor, você me dá sorte... Meu amor, você me dá sorte de cara!'
:)